5 de fevereiro de 2009

A minha brasileira

Aquela que está dentro do capot do meu carro, a quem eu nunca vi a cara mas que costumava ouvir frequentemente a voz, e me dá as indicações para não me perder. Que saudades tinha eu dela. Mas mesmo assim perco-me... De qualque forma, estou a melhorar, nesta primeira semana, só me perdi nos dois primeiros dias. Muito pior era quando andava a pé e de metro, acho que me perdia pelo menos 2 vezes por dia.

Fiquei a trabalhar desterrado numa cidade a 23 kms de Madrid mas agora a conversa é outra. Pois é, os dias de frio continuam mas agora não me afectam. Aquecimento em casa, rabinho quentinho no carro, aquecimento no trabalho. Eu queria um país quente, ora aqui está o que foi possível arranjar.

Aproveito ainda para deixar uma foto do meu companheiro, cheio de neve, à porta de casa, da vista para rua da janela de minha casa e, ainda, da entrada do edificio onde trabalho.

Um caloroso abraço a 0º.



Orgulho Nacional

Só quem está fora percebe. Quando estamos em Portugal, não entendemos isto do sentimento "saudosisto-nacionalista". Bem sei que estou fora há menos de um mês mas, de qualquer forma, mesmo sendo um caloiro da emigração, já sinto assim qualquer coisa diferente quando oiço falar de Portugal.

Há uns dias, realizou-se em Madrid, a FITUR. Uma feira enorme de turismo com 12 pavilhões e stands de países de toda a Europa e Mundo. Escrevo este post basicamente para mostrar que nós podemos e fazemos tão bem ou melhor que qualquer outro povo. O nosso stand era, sem dúvida, o melhor dos países europeus e um dos melhores da feira. Mais, gostei de perceber que a campanha que a BBDO criou (Europe's West Coast) para o reposicionamento da imagem do nosso país estava muito e bem presente.

Parabéns a nós.





4 de fevereiro de 2009

Conversa de merda

Há conversas que consideramos interessantes. E há conversas de merda. A questão é saber se há conversas de merda interessantes ou, por outro lado, conversas interessantes sobre merda? Acho que não, mas estou um pouco confuso.
De qualquer forma, não resisto a partilhar convosco algo pouco interessante. Eis o papel que está presente (esta palavra não foi usada ao acaso) em todos os WCs do Parque Científico de Madrid, mesmo à altura dos olhos quando estamos sentados nas maravilhosas cadeiras com buraco que alguém, em boa hora, se lembrou de inventar:






Para os que estão menos à vontade no idioma em questão, façam o obséquio de ler a seguinte tradução independente:

"Estimados utilizadores do WC:

É imprescindivel usar o autoclismo para não deixar presentes para o utilizador seguinte. É imprescindivel o uso do piaçaba, está perto da retrete, é de fácil manuseamento.

Por favor, que ninguém se sinta ofendido por este pedido, uma vez que o motivo do mesmo é a agressão visual e olfactiva que sofremos todos os dias. Recebemos inúmeras queixas e podemos comprová-las, de forma desagradável.

Pedimos um pouco de respeito pelos colegas. Obrigado."

Interessante, não?